Não é de hoje que reclamava e observava também alguns colegas reclamarem de textos, redações, artigos, praticamente tudo em que envolvia uma boa comunicação verbal escrita, além de um bom raciocínio pesquisador. Espera aí! Raciocínio pesquisador? Falaremos da pesquisa adiante, neste momento vamos relembrar um pouco de todo caminho percorrido desde a escola, no ensino fundamental e médio, até a universidade privada, onde ainda me encontro satisfeito. A satisfação existe ao pertencer, e também perceber que tudo não é um grande problema, talvez uma grande solução para muitos enigmas educacionais, nos quais podem trazer resultados e soluções, quando nós alunos procuramos encontrar caminhos mais significativos e eficazes para o mercado de trabalho e logicamente para a vida.
Ainda consigo me lembrar de algumas atividades que nossos professores e professoras, os tão famosos “tio e tia” nos passavam, principalmente de interpretação de texto, colocando um texto super meigo e bonitinho para respondermos as perguntas de acordo com o mesmo. No início é claro que surge uma grande dificuldade, pois éramos todos crianças neste momento, entretanto, o maior problema que vejo, é aquele mesmo texto que a “tia” nos ensinava a responder, perpassou para todo tipo de metodologia que viera a prosseguir até concluir o terceiro ano do ensino médio, sempre tentando nos ensinar como fazer as coisas do jeito que eles acreditavam, descrever algo que esteja correto no pensamento de outro, e nunca como pensar, criticar ou mesmo ter a força de vontade de arquitetar as respostas ou pensamentos para perguntas que futuramente surgiria.
Quando saímos do ensino médio e vamos parar de paraquedas nas instituições superiores, vem outro arrebatamento ao nosso conhecimento. Não se abstendo de toda forma que aprendemos anteriormente de apenas “descrever” algo que já foi escrito (repetir), grande parte das universidades nos ensinam a mesma coisa, descrever algo que acreditam que esteja correto. Observa-se que nunca ensinam a pensar, criticar ou arquitetar respostas mais significativas como supracitado acima. Falo com uma certa dicção esse relato, pois passei por duas instituições privadas nas quais aprendi apenas a descrever algo dos livros, (repetir o que estava posto), não imaginava que na minha terceira universidade abriria um caminho metodológico diferente. Esse caminho me fez pensar e ter um raciocínio pesquisador, no qual os professores, no lugar de embutir textos para os alunos descreverem o que aprendeu, trariam no momento um assombroso desafio de pesquisar o que foi nos passado, e argumentar se concorda ou não, e logo após de fazer uma pesquisa exploratória, induzir para que os leitores acreditassem em nossa posição, pois eram argumentos fundamentados e não elementos que simplesmente fora copiado de outro.
Vejo que muitos alunos também pensavam assim, sempre tiveram como questão acadêmica encontrar a resposta correta e assinalá-la. Quando se tem a controvérsia de raciocinar o porquê à questão está correta ou incorreta, ou que ela pode estar correta erroneamente em relação as suas pesquisas, vem duas alegrias que simultaneamente te intrigará pelo resto da vida acadêmica.
1° Estou conseguindo debater, conseguindo argumentar respostas de pessoas mais estudadas com fundamentos.
2° Quero pesquisar e saber mais, argumentar não é descrever, e a partir de hoje serei um argumentador e não um descritor de outros escritores.
Essa assombrosa estrutura de argumentar me traz uma lembrança do início do curso de Direito, em que uma professora nos disse, “podem até não concordar como sua opinião, mas se for um argumento fundamentado com boas pesquisas e bons métodos, todos respeitarão sua opinião”. No momento que realmente aprendi o que essa frase significava, queria jogar todo meu ensino acadêmico até ali já visto no lixo. Consegui perceber que estava iniciando um novo ciclo de aprendizado e que outros alunos também deveriam aprender e cobrar de seus professores, para que nosso ensino tenha um progresso no lugar de um retrocesso acadêmico.
Tenho que avisar que mudanças nunca são fáceis quando já se tem uma metodologia de estudo concretizada em sua mente, conseguir mudar é muito difícil, pois até seu subconsciente acha que está correto e que não precisa mudar. Demorei alguns meses para entender o que o ensino pesquisador poderia oferecer, uma vez que comecei meu terceiro curso na universidade privada de Direito e já teria planos para o futuro e que não englobaria ser um pesquisador.
Foi uma desconstrução linda e árdua, entender que a pesquisa me ajudaria na vida.
Afinal, eu conseguiria discutir com fundamentos todos os assuntos no dia a dia, não seguir cegamente o que pessoas mais capacitadas falavam justamente por serem mais estudadas ou uma autoridade, e sim por argumentos que me convencessem que elas estavam corretas. A leitura tem que auxiliar no pensamento, e não fazer com que todos a copiem como se fosse um marketing redacional para outros.
O sistema educacional tenta seguir o caminho de “ensino, pesquisa e extensão”, na teoria e se todos os alunos fossem preparados para seguir com qualidade esses caminhos seria maravilhoso, as universidades tanto públicas quanto privadas deveriam ensinar os alunos a pesquisarem, aprenderem e proporcionarem extensões para aprimorar conhecimentos para que os formandos saíssem diferenciados no mercado de trabalho. Por isso, quando se chega à universidade tem o nome de ENSINO SUPERIOR, para que o discente consiga sair superior e ingressar no mercado de trabalho, garantindo uma competitividade com os demais agentes que não passaram por esse processo. Como não existe efetivamente a qualidade desses caminhos, nós alunos ficamos assombrados quando vemos algo diferente como que eu presenciei agora nessa universidade a qual faço parte.
Falando mais sobre raciocínio pesquisador, lembro da história que um professor me contou sobre o empregado que estava a 15 anos na empresa, e que outro novato seria promovido à gerência da empresa primeiro que ele. E logicamente o empregado mais velho foi pedir explicações para o dono, o proprietário pediu que o empregado fosse comprar um abacaxi que iria fazer uma sala de frutas para esposa, e o empregado assim o fez, chegou com o abacaxi! Do mesmo modo chamou o novato e pediu a mesma coisa, só que o empregado fez uma pesquisa de todos os produtos para salada de frutas e preços com promoções, o dono da empresa mostrou a diferença para o funcionário mais velho, que não adianta somente fazer o que se pede, é necessário pesquisar para ser diferente.
Venho tentar clarear a mente dos meus amigos (des)orientados, que por mais que seja árduo o caminho da pesquisa e de difícil compressão, devem entender que realmente é um assunto muito importante! Abram um espaço para tentar fazer diferente, o que às vezes por anos vem sendo colocado como único fundamento metodológico. Venho dizer que o erro vem de todo sistema, escolas, universidades, professores, alunos, mas não se pode parar o mundo em reclamações, o melhor é tentar encontrar soluções, e que com elas outros alunos poderão levantar informações e conteúdo mais significantes para outros.
Inclusive se você já leciona, é importante entender que aprendizado nunca é demais, e que às vezes é necessário fazer com que os alunos também sofram um pouco mais para aprenderem argumentar no lugar de descrever artigos e livros.
Grande abraço a todos que se dedicam para aprender, que buscam conhecimento tanto para o crescimento pessoal, quanto para tentar auxiliar o coletivo. Que Deus ilumine cada um, e que cada dia batalhado seja um dia de vitória!
Magnífico esse artigo, pois é isso que nós hoje estamos aprendendo, a verdadeira argumentação, um pouco de experiência de vida e nos colocarmos de como é bom a pesquisa exploratória antes de se ter o argumento, ou seja, entendermos sobre o o assunto mesmo que não concordamos com ele, e com as devidas fundamentações. Parabéns pelo artigo, mais um aprendizado para nossas vidas.